quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fic da Cris!!




O AMOR LIBERTA



A família de OLIVER vivia em uma casa no meio da floresta.

Era uma enorme propriedade cercada por uma vasta floresta de Pinus.

Seu pai era muito rico, fortuna essa herdada de antepassados.

Sua mãe uma exemplar esposa, administrava a casa, os empregados e cuidava dele com enorme carinho.

OLIVER crescia feliz, embora longe de tudo, não saia de casa para nada, uma professora particular ia até lá lhe dar aulas, era muito esperto então pegava tudo de primeira.

Adorava cavalgar por isso tinha um belo cavalo negro. Costumava ao entardecer passear pelas trilhas no meio da floresta.

Certo dia chegou á casa deles uma cigana, que aparentemente não oferecia risco algum.

Pediu pouso por uma noite.

Em troca faria a leitura do futuro de cada um da família.

O pai de OLIVER se interessou, queria saber se ficaria mais rico e poderoso.

A mãe dele não gostou muito da idéia, sentia calafrios pelo corpo.

OLIVER também ficou curioso em saber o que o futuro lhe reservava.

A cigana começou pelo pai. Disse que a ganância o levaria á ruína.

Ele não gostou do que ouviu e mandou a tal cigana embora no meio da noite.

Grande engano havia cometido, a cigana mexia com feitiçaria.

Lançou uma maldição na família e se foi como fumaça no meio da noite.

Anos depois a mãe de OLIVER adoeceu gravemente e veio a falecer.

Seu pai foi perdendo dinheiro desde então, ficando apenas com a casa e alguns poucos empregados que não tinham para onde ir.

Aos 18 anos OLIVER perdeu o pai em um acidente.

Vivia recluso na casa. A maldição da feiticeira havia acabado com sua família.

Mas ainda não havia terminado.

Na primeira lua cheia depois de completar a maioridade se sentiu estranho.

Foi sofrendo transformações até tomar a forma de um lobo.

Assim se seguiu nos dias de lua cheia.

Durante o dia voltava á forma humana, mas dormia o dia todo, pois durante a noite se tornava lobo, vagando no meio da floresta.

Estava condenado ao resto da vida viver assim, ate que um dia na biblioteca, encontrou um enorme livro velho e antigo, nele havia muitas histórias de maldições antigas, por sua sorte encontrou uma história como a dele.

Ficou feliz em saber que havia como quebrá-la.

Teria que encontrar uma moça pura e de coração bom e conquistar o seu amor.

Mas como descobrir?

A Maldição havia envolvido toda a casa também, era se como estivesse envolvida por um campo de força. A moça escolhida entraria nela sem problemas, mas não conseguiria sair enquanto não quebrasse a maldição.

Qualquer outra que não fosse a moça certa não conseguia nem se aproximar da casa.

OLIVER queria ser normal novamente, então foi à procura de várias moças, mas todas as tentativas foram sem sucesso, todas que havia encontrado sempre desistiam de ira á casa dele.

Estava totalmente desanimado.

Descontava a tristeza caçando pela mata, armava pequenas armadilhas para pegar pequenos animais.

Não muito longe dali havia uma pequena vila, onde vivia CRIS.

A vida não havia sido fácil para ela. Não havia conhecido os pais, fora abandonada ainda bebê na porta da pequena capela.

O padre a acolheu e a criou, mas ele adoecera e falecera um ano antes.

CRIS estava com 17 anos, e aquele ultimo ano fora muito triste, vivia em um pequeno quarto no fundo da igreja, mas o novo padre já havia dito que não poderia ficar mais lá.

Sem ter para onde ir, não tinha ninguém a quem pedir abrigo, vestiu uma capa vermelha e foi caminhar.

Era final de tarde, havia uma leve brisa e o céu estava limpo.

CRIS resolveu adentrar na floresta, o contato com a natureza trazia uma sensação de alento para os problemas que estava passando.

Já no meio dela, o tempo mudou, um espesso nevoeiro começou a se formar, não se sabia de onde.

CRIS se apavorou, não conseguia ver para onde estava indo, não conseguia enxergar nada na sua frente.

Um vento gelado começou a soprar.

Nessas horas estranhos ruídos sempre aparecem.

Com isso aumentou o medo de CRIS, que caminhava com dificuldade entre as árvores.

Até que se viu presa em uma rede, que ao pisar se fechou, levantando a metros do chão.

Como era feita para pequenos animais, não agüentou com o peso dela, arrebentando e fazendo CRIS cair de muito alto, com as costas voltadas ao chão.

Perdeu os sentidos.

Após isso, misteriosamente a neblina desaparece.

Oliver estava na floresta verificando suas armadilhas.

Naquela tarde não havia dado sorte, não havia pegado nada.

Restava apenas uma.

Foi se aproximando devagar, havia alguma coisa presa nela.

Conforme foi chegando mais perto notou que não era um animal, mas uma pessoa.

Abaixou-se perto e tirou a rede.

Ficou surpreso quando viu se tratar de uma moça.

Notou que estava desacordada, não pensou duas vezes, colocou-a sobre o cavalo e a levou para casa.

Para sua surpresa conseguiu entrar com ela.

Será que ela seria a escolhida? Talvez sim e talvez não, afinal estava desacordada, só saberia quando acordasse.

Acomodou-a em um dos quartos.

Esperaria ela acordar, para acabar com as duvidas que o atormentava.

CRIS acordou horas depois, mais precisamente na manhã seguinte.

Abriu os olhos e viu que estava em um quarto grande.

Lembrou vagamente o que havia acontecido, o corpo estava todo dolorido pela forte queda.

Mas precisava saber onde estava, quem a havia levado para lá.

Levantou-se com dificuldade, tirou sua capa e caminhou pelo corredor até encontrar uma escada que dava para um enorme salão onde havia uma enorme mesa.

Desceu até lá, parecia tudo vazio.

Andou pela cozinha, escritório, não encontrou ninguém.

Caminhou para a porta da cozinha, pegou na maçaneta e a girou, ela não abriu, parecia estar trancada.

Cruzou o enorme salão em direção á porta principal.

Fez a mesma coisa, pegou na maçaneta da porta e a girou, não abriu.

Por de trás de uma das pilastras do salão OLIVER observava de longe, seus olhos brilhavam, ela era a escolhida, não poderia sair de lá sem quebrar a maldição que o atormentava.

As portas estavam todas abertas, nada trancado.

Resolveu se aproximar de CRIS, não sabia ainda como conquistar seu amor.

CRIS se virou para subir novamente ao quarto e deu de cara com aquele lindo rapaz parado em sua frente.

- Você está bem? (perguntou).

- Tirando as dores no corpo todo, no mais estou bem.

- Desculpe-me, a culpa por estar assim é toda minha, a armadilha foi armada por mim. Nunca imaginaria que poderia machucar uma pessoa. Sinto muito.

- Acontece, não se preocupe.

- Muito prazer, me chamo OLIVER.

- O prazer é meu, sou a CRIS.

- Mora aqui perto?

- Na pequena vila mais para frente.

- É que quase não saio, por isso não a conheço.

A conversa fluiu e tanto CRIS e OLIVER contaram um pouco da vida.

OLIVER apenas omitiu a maldição de sua família não queria deixar CRIS assustada, mas uma hora ele teria que dizer, afinal com certeza iria embora, e ao chegar à porta não poderia sair.

CRIS se levantou:

- Obrigada, pela ajuda, mas agora tenho que ir, preciso decidir o que vou fazer.

OLIVER estremeceu, como ela reagiria quando visse que não poderia sair dali?

CRIS caminhou em direção á porta.

- Será que pode destrancar a porta, por favor?

OLIVER apenas girou a maçaneta e ela se abriu.

- Mas eu tentei abrir ela agora pouco e estava fechada.

CRIS foi chegando mais perto da porta, mas alguma coisa estava errada, a claridade do lado de fora parecia mais intensa que o normal, se sentiu muito mal e desfaleceu, sendo amparada por OLIVER.

Ele a leva para o quarto, quando acordasse com certeza queria explicações.

Explicações esta que não estaria preparado a dar.

Fora isso um outro fato o atormentava, no dia seguinte era noite de lua cheia, não poderia deixar que ela descobrisse que se transformava em lobo.

CRIS aos poucos foi voltando. OLIVER estava sentado ao seu lado na cama.

- O que aconteceu? Senti-me muito mal em ver a claridade de fora.

- Desculpe CRIS, não posso contar tudo por enquanto, não estou preparado, mas só posso te dizer que não vai conseguir sair daqui tão cedo.

- Está me dizendo que estou presa aqui? Ou melhor, você vai me manter presa aqui? Por quê? (CRIS ficou com medo de OLIVER).

- Eu sei que parece estranho, acabou de me conhecer, sou um estranho para você, mas peço que tenha paciência e confie em mim, não vou lhe fazer mal algum. No momento certo você saberá de tudo. Agora descanse. Está no quarto que foi de minha mãe. Se não se incomodar, pode tomar um banho e vestir uma de suas roupas. Vou preparar um lanche, logo subo com ele.

CRIS estava muda, não sabia o que pensar diante do que havia escutado. Como assim não poderia ir embora dali? Por outro lado seria a solução de seu problema, teria um lugar para ficar. Mas poderia confiar em alguém que acabara de conhecer?

Levantou-se precisava pensar, abriu o guarda roupas e se deparou com várias roupas da mãe de OLIVER, tinham o mesmo manequim, resolveu tomar um banho.

Vestiu um dos vestidos que lá havia e foi em direção a portada sacada do quarto. Conforme ia se aproximando da porta, se sentia mal, decidiu se afastar, ai foi voltando ao normal.

OLIVER estava na porta com a bandeja do lanche:

- CRIS aqui está tente comer alguma coisa, para não ficar fraca.

- Não quero! É tudo muito estranho, diga o que quer de mim! Porque vou ter que ficar aqui? Porque não consigo chegar perto de porta alguma? (começa a chorar).

OLIVER deixa a bandeja sobre a mesa e se aproxima de CRIS:

- Como eu falei, por enquanto não posso dizer mais nada.

- Como não pode dizer mais nada? Não pode me deixar presa aqui!

- Eu sei disso, mas isso não é vontade minha, não sou o culpado de não poder sair.

OLIVER percebeu que já estava falando demais, saiu do quarto.

CRIS não tinha fome. Estava cheia de dúvidas e daria um jeito de descobrir o que estava acontecendo.

Logo anoiteceu e ela adormeceu.

Mas o sono não foi tranqüilo. Viu-se no meio da floresta, cheio de neblina, sem ter para onde ir, uma sensação de sufocamento, uma falta de ar, a sensação de estar sendo caçada por um animal.

Acordou suando. Levantou para tomar um copo de água.

A noite a casa se tornava estranha, assustadora, era grande e conforme CRIS andava o assoalho produzia ecos.

Desceu as escadas e caminhou até a cozinha, pegou um copo de água e tomou devagar.

OLIVER apareceu na porta da cozinha fazendo CRIS se assustar e derrubar o copo, que se espatifou no chão quebrando o silêncio;

- Desculpa não queria te assustar, tenho sono leve, escutei um barulho e vim ver.

CRIS não conseguia dizer uma palavra, seu coração estava disparado.

Abaixou-se para recolher os cacos do chão e se cortou.

OLIVER pegou um guardanapo e foi ajudá-la com o corte que embora não fosse tão profundo sangrava. Improvisou um curativo rapidamente.

O leve toque das mãos dele causou uma estranha sensação em CRIS, que agradeceu meio sem jeito e foi para o quarto.

OLIVER não sabia mais o que fazer para se aproximar dela. Primeiro passo seria contar a verdade, mas uma enorme sensação de medo não o deixava fazer isso. Demorou para encontra-la não gostaria de perde-la tão facilmente.

Decidiu que contaria após o ultimo dia de lua cheia.

Na manhã seguinte CRIS acordou tarde, devido ao pesadelo que havia tido.

A mesa estava posta com capricho, mas OLIVER não estava.

CRIS tentou comer alguma coisa, precisava, o corpo estava cansado, pesado.

Olhou a porta de saída, ficou por alguns instantes pensando, decidiu que tentaria sair de lá novamente.

Caminhou ate a porta, perto dela começou a se sentir mal novamente, recuou.

Subiu ao quarto e chorou copiosamente.

Vencida pelo cansaço adormece.

Acordou já era o começo da noite, levantou e recostou-se na porta da sacada, onde podia ver a enorme lua cheia que estava surgindo. Não sabia explicar, mas o brilho que ela emitia lhe causou forte impressão.
Foi tirada do transe com o uivo de um lobo ao longe.

Viu tudo em sua volta rodar, deitou-se e adormeceu.

Manhã seguinte, acordou , lembrava-se vagamente do que havia acontecido. Preocupou-se não era normal se sentir tão cansada e dormir tanto.

Desceu e deparou novamente com a mesa posta e nada de OLIVER.

Desde o dia anterior não o havia visto.

Pensou em ir ao quarto dele ver se estava lá, mas desistiu.

Nos próximos dias que seguiram foram idênticos, CRIS dormia a maior parte do tempo, e quando acordava, mesa posta e nada de OLIVER.

No último dia de lua cheia, CRIS desceu as escadas em direção á cozinha, na volta assustou-se, um lobo enorme de pelos acinzentados estava no meio do salão. Não sabia o que fazia, se corria, se gritava por OLIVER, se pegava alguma coisa para se defender.

O animal a olhava fixamente como se fosse atacar, não poderia ficar parada onde estava, resolveu tentar correr e se trancar no quarto.

Foi o que fez, embora corresse rapidamente, o animal ainda teve tempo de fazer duas marcas de unha na perna de CRIS e rasgar um pedaço do vestido que estava.

CRIS entrou no quarto e fechou a porta. . Ainda o ouviu arranhar a porta, por um bom tempo.

As marcas sangravam e doíam, não havia nada no quarto para se fazer um curativo, novamente uma forte sensação de sono a tomou, fazendo a dormir profundamente.

Amanhece o dia, no quarto de OLIVER, ele acorda zonzo, não se lembrava de nada do que fazia quando estava na forma animal. Sentiu rapidamente alívio por ter passado o período de lua cheia.

O alivio durou pouco quando notou que dois de seus dedos estavam sujos de sangue.

Nunca havia acordado com aquilo, o que teria feito, será que havia matado algum animal na noite anterior?

Seu terror aumentou quando no chão acha um pedaço de tecido rasgado, em seu pensamento veio a imagem de CRIS.

Correu em direção ao quarto, a porta estava trancada, mas notou arranhões nela.

Arrombou a porta e foi com tristeza que achou CRIS sobre a cama com a perna machucada.

Estava pálida feito cera, mãos frias.

Acomodou-a melhor na cama, buscou alguns panos limpos, uma bacia com água, e começou a cuidar dos machucados dela.

Não tinha como leva - lá a um médico, e não queria deixá-la sozinha para ir atrás de um e também não saberia explicar como ela estava naquele estado.

Ele tinha que cuidar dela, afinal era o culpado por ela estar daquele jeito.

Não se conformava em ter sido capaz de machucar alguém, ainda mais a única pessoa que poderia salva-lo daquela maldição e por quem estava apaixonado.

Fez o curativo e ficou esperando CRIS voltar a si.

Ainda estava cansado da noite anterior, não demorou muito também pegou no sono. Dormiu do lado de CRIS.

CRIS começou a ter febre alta, começou a delirar, a chamar por OLIVER, o fazendo acordar.

OLIVER se preocupou, teria que fazer a febre ceder, senão corria o risco de dar uma convulsão em CRIS.

A única solução era dar um banho gelado nela.

Mas como, ela não tinha condição de fazer isso sozinha, mal se agüentava nas pernas.

O jeito era entrar junto com ela.

Ficou descalço e sem camisa, pegou CRIS no colo e levou para dentro do banheiro.

Encostou CRIS na parede, fazendo-a se apoiar nele e ligou o chuveiro gelado.

Ficou com ela alguns minutos debaixo dele.

CRIS por alguns momentos abriu os olhos.

OLIVER olhava CRIS com a roupa toda molhada, marcando o corpo de moça, a respiração acelerada pela febre. Sentiu vontade de tomá-la em seus braços, mas se conteve. Ela agora já tremia de frio.

A enrolou na toalha e a levou para a cama. Trocou de roupa e foi procurar uma seca para ela. Não poderia deixar toda molhada.

Uma duvida surgiu, não estaria sendo indelicado, tirando a roupa de uma moça sem o consentimento dela?

Pensou, mas a saúde dela importava mais naquele momento.

Tirou a roupa molhada e vestiu a seca, mas mesmo assim, CRIS não parava de tremer de frio.

Oliver então tem a idéia de usar seu corpo para transmitir calor para o dela.

Deita sobre ela e a abraça.

Estava dando certo CRIS aos poucos foi serenando e parando de tremer.

Dormiram.

CRIS abriu os olhos, a febre havia ido embora, mas se assustou quando notou OLIVER sobre ela, sem camisa.

Sentiu-se perturbada, constrangida, afinal era moça ainda, e tamanha proximidade com um homem ainda não estava nos seus planos.

Remexeu-se fazendo OLIVER acordar.

- Desculpa CRIS você estava com febre, dei um banho gelado, troquei sua roupa, mas como não parava de tremer, tentei passar o calor do meu corpo para o seu. Nunca quis me aproveitar de você. Peço desculpas novamente. (disse meio envergonhado).

- Não sei o que dizer, talvez não tenha que perdoar e sim agradecer por ter cuidado de mim. (disse confusa).

OLIVER abriu um sorriso, vendo CRIS melhor.

CRIS retribuiu o sorriso deixando OLIVER desconsertado. Ficava mais encantadora ainda.

Nos dias que se seguiram CRIS foi melhorando aos poucos.

OLIVER fazia de tudo para ela, não a deixando fazer nada.

Certo dia resolveu fazer um jantar a luz de velas, arrumou tudo no maior capricho e comunicou CRIS. Pouco antes do horário marcado foi buscar CRIS no quarto.

CRIS estava linda em um vestido longo todo vermelho.

OLIVER não ficava atrás, estava com um conjunto preto, camisa branca e gravata preta, um verdadeiro príncipe.

- CRIS sua melhora merece um jantar diferente, especial, será que pode me dar essa honra? (disse todo galante)

- Claro que sim, vou adorar sua companhia.

OLIVER deu o braço para CRIS e desceram para o salão.

A mesa grande estava com apenas um lado devidamente arrumado, um castiçal de prata iluminava os lugares.

Ele puxou a cadeira para sentar.

O jantar correu calmo.

Ao final dele OLIVER tirou CRIS para dançar.

Dançaram juntinhos, sintonia perfeita, respiração de ambos sincronizada, passos lentos.

Em um determinado momento seus olhares se cruzam, param a dança, lábios se aproximam lentamente terminando em um beijo suave, longo e apaixonado.

Mas nem tudo por enquanto daria certo para ambos.

Havia um assunto pendente ainda, OLIVER contar a verdade para CRIS.

Por isso ao beijar OLIVER, CRIS lembrou do sonho que teve, perdida no meio da floresta, sendo perseguida por alguma coisa.

Sentiu-se sufocar, a respiração ficou difícil, desmaiou deixando OLIVER preocupado.

CRIS acordou, estava em seu quarto. Lembrava-se do que tinha acontecido, mas não conseguia entender. Levantou-se e desceu.

Viu a luz acesa na biblioteca, foi até lá e ficou observando de longe.

OLIVER estava cabisbaixo, na sua frente havia um livro, pensou alto:

- Enquanto eu não tiver a coragem de contar a ela toda a verdade, vou continuar preso a essa maldição. Pior vou acabar fazendo mal a ela. Daqui a algumas semanas a lua cheia vai voltar, preciso contar a ela antes disso, para não machucá-la novamente.

Dizendo isso, levantou-se.

CRIS se escondeu e esperou ele sair.

Correu para ler o livro, nele estaria todas as explicações sobre suas duvidas, o porquê de OLIVER não dizer nada.

Conforme lia foi ficando pálida, as mãos tremiam, lágrimas corriam por sua face. Descobrira o segredo de OLIVER e da pior forma possível. Não conseguia acreditar no que acabara de ler, mas pelo visto era verdade. O que faria dali pra frente?

Ele não poderia ter omitido toda aquela história dela. Ainda mais que agora estava gostando dele. Sentimentos contraditórios tomaram conta de CRIS, amor, decepção, raiva se misturavam dentro dela.

Nesse momento OLIVER para diante da porta, tinha ido ver como estava CRIS e não a encontrando desceu para procurá-la, seu coração disparou quando a viu diante do livro onde contava sua maldição, era tarde demais, tentou explicar.

- CRIS eu ia te contar, só não sabia como.

- Eu te odeio! Não devia ter omitido isso de mim! (disse brava)

- Desculpa, mas entenda que é difícil para eu dizer que não sou normal.

Dizendo isso OLIVER foi chegando perto de CRIS, que pegou uns livros e começou a tacar na direção dele, cheia de raiva:

- Fique longe de mim, você me causa medo. Eu quero sair daqui, não quero ficar perto de você.

Dizendo isso saiu correndo, queria se trancar no quarto, para ficar longe dele.

OLIVER não deixaria CRIS sentir tanta raiva dele, foi atrás.

Chegando ao quarto CRIS fecha a porta, mas tremia tanto que não conseguia passar a chave.

OLIVER chega e abre a porta.

- CRIS não precisa ter medo, não fuja de mim, não quero o seu mal.

- Sai daquiiiiiiiii. (foi se afastando em direção á porta da sacada do quarto, se esquecendo que não podia chegar perto de porta alguma).

Foi se sentindo mal, tonta, dando tempo assim de OLIVER se aproximar e a abraçar.

CRIS batia nele com toda a força que ainda tinha para ver se livrava dele.

- Me solta.

-CRIS não vou fazer mal algum, pois eu te amo.

OLIVER a beijou, mas dessa vez CRIS não se sentiu mal.

Um intenso calor brando surgiu no seu peito, era o amor falando mais algo que a decepção, a raiva.

Baixou a guarda e deixou-se conduzir por ele.

OLIVER foi a afastando em direção á cama, a deitando suavemente sobre ela.

Olhos fixos no dela, passava sua mão suavemente em seus cabelos, no seu rosto, nos seus lábios. Beijou-os suavemente transmitindo todo o amor que sentia por ela.

Delicadamente foi tirando sua roupa revelando sua pele branca e macia.

OLIVER foi muito carinhoso. Fez CRIS se transformar em mulher.

Na manhã seguinte, CRIS acorda com os raios de sol da manhã, canto de um pássaro na sacada do quarto, do seu lado OLIVER dormia, aquela noite tinha sido mais que especial.

Levantou-se e vestiu uma camisola, foi em direção à sacada, nem se lembrou que não podia chegar perto, abriu a porta, o frescor da manhã invadiu o quarto, foi ai que se deu conta que a maldição havia terminado.

OLIVER se levanta e a abraça, era o começo de uma vida nova para ambos.


Cris Shimazaki

2 comentários:

  1. Uhu minha fic estreando seu blog.
    Quanta honra amiga!!!
    Thanks amei o layout.
    rsrsrsrs.
    Bjooooooo.

    ResponderExcluir
  2. Tava lendo e me lembrando da história de a "Bela e o Monstro"...provavelmente era essa a intenção..kkkkkkk
    Parabéns!

    ResponderExcluir